terça-feira, 10 de maio de 2011
Qual a sua proposta para a leitura do texto: O CHÃO E O PÃO???
Fico contente que se esteja reconhecendo o perfil diferenciado do aluno da EJA e, em razão disso, que também se reconheça a necessidade de uma atuação pedagógica diferenciada. Assim, que tal começar, também, a exemplificar como ela pode se evidenciar? Convido você a indicar, pergunta(s), com as quais promoveria a abordagem ao texto do último encontro: “O chão e o pão”, de Cecília Meireles, tendo como base a sua área de formação acadêmica, mas sem perder de vista a proposta interdisciplinar e intercultural para a sua leitura e escrita a partir dele.
Giselma Machado
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Dentre vários objetivos e ideias a esse respeito, colocarei abaixo o que eu poderia tirar da minha área (sou graduanda em Letras Português) e também poderia fazer a união com outras áreas.
ResponderExcluir*Ensinar substantivos e artigos. Também pode ser abordado para ensinar os usos do til (~) e para explicar a junção da preposição com o artigo, em 'no'e 'na'.
**Uso de rimas, abordar definições de poema e poesia, tipos de rimas, metrificação,...
*** No aspecto literário poderá ser abordada a história de Cecília Meireles, como suas obras são classificadas na literatura, em qual período, contextualizar o período da publicação de "O chão e o pão" com os acontecimentos históricos do Brasil e também mundial. Pedir para os alunos pesquisarem sobre as obras de Cecília e levarem alguma para a sala de aula, podendo haver uma discussão sobre o que eles entenderam e depois pedir para eles escreverem sobre o debate feito em sala de aula, treinando assim a escrita e a leitura.
**** Na área das exatas poderá ser ensinado contas básicas, como a adição e também o texto poderá ser transformado em problemas matemáticos, a partir da quantidade de substantivos e artigos, por exemplo, gerando a partir daí problemas envolvendo multiplicação e divisão, expressões numéricas, entre outras.
*****poderá ser trabalhado também as cores, "quais são as cores presentes na história em quadrinhos? Escreva o nome de cada uma delas." E também: "Crie frases com as palavras pão, grão, chão, mão e não".
¨¨¨¨ estas foram algumas das ideias q eu tive, além das que foram abordadas em nossa última reunião, nada está completo, minhas opiniões com a dos outros colegas vão fazendo com que o nosso projeto seja melhor encaminhado.
Lúcia Bispo (Português Licenciatura - UFS)
Tendo como base o texto de Ceçilía Meireles "O chão e o pão", é possível fazer uma abordagem pedagógica e interdisciplinar, trabalhando questões do espaço atual, fruto de um contexto desigual e contraditório.
ResponderExcluirComo minha área é a geografia, esse texto é muito rico em aspectos que podem ser trabalhados com a leitura e a escrita. Questões que poderiam ser abordadas:
O chão: No sentido de localização geográfica [ trabalharia com leitura de mapas], solos, climas daquela região, colocaria em debate a questão agrária, os problemas sociais resultantes da má distribuição de terras, agronegóçio...
Mão: Trabalho manual, mão-de-obra barata, camponês, agricultor, artesanato, manufatura...
Grão: Plantações, produtos para exportação,
Pão:produtos industrializados, Industrias, modernização dos meios de produção...
Segundo minha interpretação, a leitura do poema O chão e o pão possibilita duas visões básicas introdutórias para a matéria filosofia. Primeiro como um problematizador da dicotomia no pensamento Ocidental entre homem e natureza, que não pode ser entendida como algo natural, afinal, em filosofia nada é dado, existe por existir etc. Tudo possui sua razão de ser e existir. A filosofia é propriamente o momento da desconstrução das estruturas apreendidas como naturais e inquestionáveis. É possível retornar a Grécia do séc. VI a. C., fazendo assim uma breve visita aos pensadores da phises, mais conhecidos como fisiólogos ou pré-socráticos. Dentre esse conjunto de pensadores originários destacaria Heráclito, o filósofo da mudança, do eterno vir a ser. Defendia que, apesar das inúmeras transformações que cotidianamente ocorrem na natureza e na vida das pessoas, não ocorrem de modo aleatório, mas sim obedecendo normais lógicas que impedem a desordem (no poema o grão se transforma em pão devido ação do trabalho humano, mas pode o pão voltar a cair no chão, retornando a condição original). Natureza e Humanidade são governados por leis irrevogáveis que trabalham de modo misterioso e constante, independente de nossas vontades. Textos complementares que poderia usar junto com os alunos seriam fragmentos da obra de Heráclito. Um segundo caminho para interpretar e problematizar o poema seria associa-lo com Economia. Relações de produção, fundamentos de economia e da sociedade e modos de produção capitalistas. A base das riquezas sempre foi a terra, a agricultura (o grão) é o elemento primário da economia e a humanidade, utilizando-se de forças produtivas, transforma os elementos naturais em bens de consumo (pão). Mas nem todas as sociedades possuem a agricultura como componente principal de sua economia, assim como ocorre nas modernas sociedades industriais. A sociedade burguesa conseguiu, em certo grau, livrar a humanidade de amarras ditadas pela terra. Cabe às pessoas desvendarem esse mecanismo para viver de modo mais agradável. Um dos textos que pode auxiliar como fornecedor de argumentos que auxiliariam na construção de uma aula sobre esse conjunto de questões seria o clássico Contribuição para a crítica da economia política, de Marx.
ResponderExcluirSegundo minha interpretação, a leitura do poema O chão e o pão possibilita duas visões básicas introdutórias para a matéria filosofia. Primeiro como um problematizador da dicotomia no pensamento Ocidental entre homem e natureza, que não pode ser entendida como algo natural, afinal, em filosofia nada é dado, existe por existir etc. Tudo possui sua razão de ser e existir. A filosofia é propriamente o momento da desconstrução das estruturas apreendidas como naturais e inquestionáveis. É possível retornar a Grécia do séc. VI a. C., fazendo assim uma breve visita aos pensadores da phises, mais conhecidos como fisiólogos ou pré-socráticos. Dentre esse conjunto de pensadores originários destacaria Heráclito, o filósofo da mudança, do eterno vir a ser. Defendia que, apesar das inúmeras transformações que cotidianamente ocorrem na natureza e na vida das pessoas, não ocorrem de modo aleatório, mas sim obedecendo normais lógicas que impedem a desordem (no poema o grão se transforma em pão devido ação do trabalho humano, mas pode o pão voltar a cair no chão, retornando a condição original). Natureza e Humanidade são governados por leis irrevogáveis que trabalham de modo misterioso e constante, independente de nossas vontades. Textos complementares que poderia usar junto com os alunos seriam fragmentos da obra de Heráclito. Um segundo caminho para interpretar e problematizar o poema seria associa-lo com Economia. Relações de produção, fundamentos de economia e da sociedade e modos de produção capitalistas. A base das riquezas sempre foi a terra, a agricultura (o grão) é o elemento primário da economia e a humanidade, utilizando-se de forças produtivas, transforma os elementos naturais em bens de consumo (pão). Mas nem todas as sociedades possuem a agricultura como componente principal de sua economia, assim como ocorre nas modernas sociedades industriais. A sociedade burguesa conseguiu, em certo grau, livrar a humanidade de amarras ditadas pela terra. Cabe às pessoas desvendarem esse mecanismo para viver de modo mais agradável. Um dos textos que pode auxiliar como fornecedor de argumentos que auxiliariam na construção de uma aula sobre esse conjunto de questões seria o clássico Contribuição para a crítica da economia política, de Marx.
ResponderExcluirOlá, meu nome é Flaubert. Essa é minha segunda participação aqui no blog. Ainda estou me habituando a lidar com as ferramentas informacionais, ou seja, com os novos instrumentos concedidos pela informática e pela “internet”. Como sou da área de filosofia gostaria de, inicialmente, prestar depoimento sobre o descaso dos professores que tive aqui durante a licenciatura com o ensino de filosofia nas escolas. Boa parte deles simplesmente se recusa a falar sobre o assunto. Partindo dessa aversão e descaso dos meus professores me encontro numa situação deplorável quanto à prática docente. Segundo boa parte de meus professores os jovens não possuem o hábito da leitura nem uma formação voltada para a leitura dos Clássicos, o que impossibilita uma aula de filosofia. O contato com essa matéria só pode se dar de fato na universidade mesmo. Mas, como diria Epicuro (341 a. C. a 270 a. C.), filósofo grego da cidade de Samos, ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito. Quem afirmar que a hora de dedicar-se à filosofia ainda não chegou, ou que ela já passou, é como se dissesse que ainda não chegou ou que já passou a hora de ser feliz.
ResponderExcluirMas o assunto que deve ser tratado aqui tem outro foco. Como utilizar o poema de Cecília Meireles em sala de aula? Qual o melhor modo de abordá-lo? Certamente não há um modo mais correto, mas sim diversas possibilidades, sendo que nem todas são autoexcludentes. Como estudante de Filosofia não posso deixar de recorrer aos teóricos dessa área de conhecimento. Mas, de início o melhor é simplesmente apresentar o texto aos alunos, deixar que esses leiam o tal, que identifiquem seus padrões, sua estética, que saboreiem a grafia, os tons e as sonoridades do arranjo de palavras que formam o poema. Num segundo momento o debate se faz necessário. Tentar descobrir com os alunos quais são as principais dúvidas, inquietações e descobertas que o texto proporciona. Se se fizer necessário até falar um pouco sobre o que é poesia, sua importância e, de modo quase obrigatório, passear um pouco pela biografia de Cecília Meireles. Num terceiro momento propor um exercício de escrita, tentando encontrar novas formas de expressar o sentindo do poema. Os textos elaborados podem ser tanto em verso como em prosa. Só numa fase mais adiantada do processo que seria apresentado uma ligação entre o poema de Cecília com a tradição filosófica, já que essa é minha formação.
Segundo minha interpretação, a leitura do poema O chão e o pão possibilita duas visões básicas introdutórias para a matéria filosofia. Primeiro como um problematizador da dicotomia no pensamento Ocidental entre homem e natureza, que não pode ser entendida como algo natural, afinal, em filosofia nada é dado, existe por existir etc. Tudo possui sua razão de ser e existir. A filosofia é propriamente o momento da desconstrução das estruturas apreendidas como naturais e inquestionáveis. É possível retornar a Grécia do séc. VI a. C., fazendo assim uma breve visita aos pensadores da phises, mais conhecidos como fisiólogos ou pré-socráticos. Dentre esse conjunto de pensadores originários destacaria Heráclito, o filósofo da mudança, do eterno vir a ser. Defendia que, apesar das inúmeras transformações que cotidianamente ocorrem na natureza e na vida das pessoas, não ocorrem de modo aleatório, mas sim obedecendo normais lógicas que impedem a desordem (no poema o grão se transforma em pão devido ação do trabalho humano, mas pode o pão voltar a cair no chão, retornando a condição original). Natureza e Humanidade são governados por leis irrevogáveis que trabalham de modo misterioso e constante, independente de nossas vontades. Textos complementares que poderia usar junto com os alunos seriam fragmentos da obra de Heráclito. Um segundo caminho para interpretar e problematizar o poema seria associa-lo com Economia. Relações de produção, fundamentos de economia e da sociedade e modos de produção capitalistas. A base das riquezas sempre foi a terra, a agricultura (o grão) é o elemento primário da economia e a humanidade, utilizando-se de forças produtivas, transforma os elementos naturais em bens de consumo (pão). Mas nem todas as sociedades possuem a agricultura como componente principal de sua economia, assim como ocorre nas modernas sociedades industriais. A sociedade burguesa conseguiu, em certo grau, livrar a humanidade de amarras ditadas pela terra. Cabe às pessoas desvendarem esse mecanismo para viver de modo mais agradável. Um dos textos que pode auxiliar como fornecedor de argumentos que auxiliariam na construção de uma aula sobre esse conjunto de questões seria o clássico Contribuição para a crítica da economia política, de Marx.
ResponderExcluirOlá... sou Catharine da área de Letras... eu trabalharia esse texto na perspectiva da leitura e da escrita da seuinte forma:
ResponderExcluirPedindo que os alunos atentassem para o final das palavras e fazê-los perceber o que uma mudança de fonema(é necessário explicar o conceito) faz mudar o significado da palavra. Então eu faria com eles um exercício com outros finais, por exemplo -ama, -ado, enfim, para que eles pudessem formar palavras e perceber o funcionamento das letras e as suas posições dentro da palavra.
Meu nome é Débora, sou graduanda na área de Letras.
ResponderExcluirNesse texto eu abordaria com os alunos artigos definidos(os quais no texto prevalece) e indefinidos(para contrapor; definição de frase,frases afirmativas e negativas- exemplificando primeiramente com as mesmas;Pontuação:ponto parágrafo,interrogação,etc;Qual a importância da repetição de palavras para um poema e faria um intertexto com trava línguas que utiliza-se de palavras parecidas e as repetem várias vezes.
Trabalharia também aspectos interdisciplinares como nutrição, fator social, levando os alunos à reflexão e participação a partir da visão de mundo dos mesmos.
oi pessoal meu nome é Darliane sou do curso de biologia. Porcuraria trabalhar a questão plantação, cultivo e colheita, bem como o tratamento com o solo. Além disso, as quenstões de higiene pessoal, quando se fala de pão na mão e pão no chão, não!, nisso levando em consideração o fato de lavar as mãos antes das refeições e não deixar o pão cair no chão para não ser contaminado por microorganismos.
ResponderExcluirA minha proposta para trabalhar com esse texto, seria: fazermos uma leitura coletivado do mesmo,e depois trabalharmos algumas classes gramaticais, tais como; o artigo, o substantivo,e ainda desenvolver o senso crítico coletivo,partindo do presuposto do"PÃO NA MÃO" se é uma realidade de todos.A partir daí, poderia pedir aos alunos que escrevessem suas opiniões para discutirmos em outra oportunidade.
ResponderExcluirA MINHA PROPOSTA PARA TRABALHAR ESTE TEXTO SERIA FAZER UMA LEITURA DO TEXTO APARTIR DAÍ IRIAMOS IDENTIFICAR AS VOGAIS, AS CONSOANTES SEPARAR AS SÍLABAS,FAZIA UM ALFABETO MÓVEL ETC...
ResponderExcluirEu, Adenilson Pereira e minha amiga Melânia Lima, ambos graduados em Letras pela UFS, trabalharíamos o Texto ‘O CHÃO E O PÃO’ na perspectiva das Letras da seguinte maneira: utilizaríamos as figuras ilustrativas para melhor memorização das letras e dessa forma ensinar o alfabeto. Poderíamos trabalhar as pontuações, as rimas, as cores, os gêneros masculino e feminino, os substantivos e por último deixaríamos o aluno viajar no texto, buscando sua própria interpretação.
ResponderExcluirA educação de jovens e adultos é uma modalidade de ensino e voltada para pessoas que não tiveram acesso, por algum motivo, ao ensino regular na idade apropriada. Porém são pessoas que têm cultura própria. Sabe-se que o papel docente é de fundamental importância no processo de reingresso do aluno às turmas de EJA. Por isso, o professor da EJA deve, também, ser um professor especial, capaz de identificar o potencial de cada aluno. O perfil do professor da EJA é muito importante para o sucesso da aprendizagem do aluno adulto que vê seu professor como um modelo.
ResponderExcluirDentro das expectativas a serem trabalhadas no texto citado de Cecilia Meireles na área da qual ainda estou cursando que é Pedagogia, desenvolveria uma linguagem oral e ampliaria o conhecimento textual, questionaria quanto às imagens e textos mostrados aos alunos, gerando uma discursão e estabelecendo uma relação entre os mesmos, ou seja, a formação de suas palavras e suas acentuações e o sentido de cada uma, discutir sobre o sentido da interrogação no penúltimo verso e na sua resposta “não” possibilitando uma interação de forma democrática de conhecimento respeitando o limite de cada um.
Vejo perspectivas em leitura básica, diferenciação de palavras,etc. Mas também vejo um liame com a educação para a vida, como Freire incentiva em suas teorias. Para começar esta aula, o facilitador/professor poderá fazer a leitura do texto, e depois perguntar, em uma relação analógica, como é o "ganha pão", ou seja, a profissão dos estudantes. Depois poderemos falar que todos começamos como semente, no sentido da vontade, persistência, para crescer nesta sociedade; o chão, seria a representação desta, que espera a "força de trabalho" das pessoas. E finalmente, que o agir da coletividade gera seus frutos, ou seja, o pão, o salário/remuneração. Poderemos citar o grão, pequeno, que tem possibilidade de crescer, dando seus frutos, assim como o ser humano, que poderá, colocando "a mão na massa", ou seja, estudando, melhorar seu conhecimento. O estudo seria o "adubo" da semente (pessoa), para que esta gere frutos, ou seja, melhore suas condições financeiras, com maior possibilidade de inserção no mercado de trabalho: "a mão no pão; o pão na mão", poderá ser a representação da mão que escreve, busca a informação, e que através do esforço e dedicação, deixa de ser simples semente, para transformar-se no pão. O pão que alimenta a alma = conhecimento/estudos, e também alimenta a vida, oferecendo maiores salários, e melhores condições no mercado de trabalho, que são acréscimos do retorno aos estudos. Creio que esta perspectiva/texto poderá ser uma introdução à disciplina da EJA nos colégios, para fomentar incentivos àqueles que voltam a estudar, e querem continuar neste caminho de ascensão social e laboral. (Carmen Ligia)
ResponderExcluirMeu nome é Jucicleide sou graduada em Pedagogia e graduando em Geografia.
ResponderExcluirA minha proposta para trabalhar este texto seria fazer uma leitura do texto, identificar as vogais, as consoantes, separar as sílabas,significado das palavras, ortografia etc.